Todo nadador de águas abertas já ouviu falar da lendária travessia do Canal da Mancha. Além de ser uma das travessias mais difíceis do mundo, é uma das mais cobiçadas pelos apaixonados por águas abertas.

Em 2011 quatro nadadoras brasileiras tentarão vencer este desafio, mas de uma maneira diferente: elas irão atravessar da Inglaterra à França e voltar em revezamento, algo nunca feito antes por uma equipe de apenas quatro mulheres...


fevereiro 27, 2011

Eu consegui!!!

Era dezembro de 2003, estava querendo ter algo deiferente em minha vida, alguma conquista, sei lá, qualquer coisa. Foi então que me perguntaram se tinh algum sonho, e não sei por que, a primeira coisa que me veio à cabeça foi o Canal da Mancha! Todos acharam que era loucura e foi aí que percebi que estava na hora de torná-lo realidade. Na primeira semana de treinamento foi difícil nadar mais que 1500m!!! Verdade!!! Apesar de trabalhar com natação só dava umas braçadinhas de vez em quando. Foi um desastre. Depois fui me acostumando aos poucos, graças aos anos de natação que tive quando criança e adolescente. Até chegar num ponto em que eu passei a viver mais na água do que em terra. Todos brincavam que eu logo estaria com escamas e guelras!!! Foram 2 anos e meio de preparação (janeiro de 2004 a agosto de 2006).
Em agosto de 2006 saímos do porto de Folkestone e fomos em direção à largada, Shakespeare Beach. Foram uns 30 minutos até chegarmos à praia. Neste tempo , fiquei admirando a paisagem e me concentrando para a travessia. Quando estávamos próximos da praia, o Igor (meu técnico) disse: "chegou a hora, pode se preparar". Eu me aqueci, alonguei e me preparei para nadar(touca e óculos). Ele passou a vaselina com lanolina em mim, em baixo dos braços e no pescoço para não assar com o atrito, e no peito e nas costas (região dos rins) por causa do frio. Fui nadando até à praia, saí da água e fiquei esperando o sinal. Eram 6h45min quando o barco deu o sinal de início da travessia (uma buzina). Entrei na água e comecei a nadar. Neste momento fiquei emocionada, pois não acreditava que estava a caminho de um sonho! Agradeci à Deus por estar lá e pedi que me protegesse até o final daquela longa jornada. Uma hora após a largada fiz minha primeira parada para alimentação (200ml de carboidratos). As próximas foram de 30 em 30 minutos até completar 5h de prova, de 20 em 20 minutos até completar 9h e de 15 em 15 até o final. Com quatro horas de prova senti um cansaço nos braços e pensei: "ainda faltam 8h de prova e já estou com os braços cansados!!!" Tive uma pequena queda no rendimento. Me alimentei, me alonguei um pouco e voltei a nadar. Ainda bem que foi bem passageiro, aquelas 4 horas foram os 30km dos corredores de maratona. Foi somente nesta hora que tive pensamento negativo. Várias coisas passaram pela minha cabeça, mas em nenhum momento pensei em desistir. Na verdade eu só agradecia e pensava em todos que estavam torcendo por mim. Como já estava me alimentando de 15 em 15 minutos, teoricamente faltavam 12 pequenas paradas, então comecei a fazer contagem regressiva. Foram as horas mais difíceis da prova, pois a corrente e o vento estavam um pouco mais fortes. Me desconcentrei um pouo, mas o Igor chamou minha atenção. O melhor momento foi quando ele me disse : "esta é sua última é sua última alimentação, voce está a menos de 500metros da França!!!" Nesta hora o cansaço passou e comecei a acelerar. À 100 metros da costa o braquinho menor me acompanhou até as pedras. Nadei até não dar mais e fiquei de pé (foi um pouco dificil porque estava meio tonta, a água balançava muito por causa do vento e as pedras estava escorregadias por causa das algas). Então o barco deu o sinal - a mesma buzina da largada - avisando que a travessia havia acabado. Naquele momento me abaixei e deixei os sentimentos tomarem conta de mim, chorei muito e não acreditava que tinha conseguido e que todo esforço havia sido compensado. Era noite de lua cheia e demoramos umas 4h para voltarmos à Inglaterra, mas não estava me imporatando muito, estava tão feliz com a conquista que poderia estar chovendo que também não me importaria. Eu consegui!!!
Canal da Mancha - 05 de agosto de 2006 - 43km em 12h13min
fevereiro 23, 2011

UM TREINO ESPECIAL

Poderia ter sido apenas mais um treino... Mas a travessia Caraguá-Ilha Bela-Caraguá foi muito mais do que isso.

O dia nasceu com um sol lindo, já o anúncio que, por um lado o tempo ajudaria, por outro nos castigaria um pouco. Café da manhã reforçado, energia para começar a travessia... Últimos preparativos da alimentação, hidratação e vamos embora para a praia. O pessoal da TV já estava lá para a cobertura, os barcos estavam a postos para embarcarmos.

Olhei para o horizonte e lá na frente estava Ilha Bela, onde finquei a bandeira na minha imaginação como ponto de chegada da primeira etapa. Longe.

Entrevistas, Lu aquecendo, coisas no barquinho que nos levaria até a traineira de pescadores e tudo pronto! Hora da Lu se jogar ao mar para o primeiro grande teste. Na realidade, uma grande experiência para sabermos mais sobre como seria ficar no barco, se enjoaríamos, o que poderíamos comer, beber, se daria para dormir, como esperar a hora de entrar na água, etc. Claro que metade das condições não eram nem parecidas com o que teremos no Canal: a água estava 28 graus na superfície, baixou durante a prova para 26 graus... Uma banheira morna, se comparada ao Canal. Até São Sebastião o mar estava manso, depois resolveu nos "ajudar" e ficou batido e com corrente, mais semelhante ao que teremos. O sol brilhou e passamos um dia de roupa de banho, o que lá será impossível devido ao ventos frios do norte da Europa. Enfim... Fora tudo diferente, ali, naquele momento, era o nosso Canal.

Acho que a primeira passagem de cada uma foi mais "tensa"... Queríamos acertar a braçada, a distância do barco, o ritmo... Para mim passou muito rápido e entrar de volta no barco foi ótimo... Aí comi, hidratei e comecei a me sentir mais relaxada para aproveitar o resto da travessia. O enjôo tomou conta de alguns, mas de um jeito ou de outro, todos acabaram se acomodando para o restante das horas que teríamos pela frente. O barco não é confortável... Não foi aqui e não será lá! O espaço para toda a equipe se acomodar é mínimo, mais toda comida e equipamentos... Mas é necessário se adaptar a isso e respeitar o pequeno espaço de cada um.

Ilha Bela foi parecendo mais e mais perto, minha bandeira imaginária se aproximava e eu ficava imaginando quando aquilo for a França e estivermos próximas à metade do nosso desafio. Fizemos quase seis horas até a Ilha Bela, ficamos todos satisfeitos, pois estava dentro do planejado: seis para ir e seis para voltar. Não deu para deixar escapar o pensamento que se cumpríssemos isso, logo eu estaria nadando naquela imensidão na completa escuridão... Isso me deixou meio apreensiva e até pensei em nadar mais rápido para adiantar... Mas foi só um pensamento... A chegada em Ilha Bela foi engraçada, havia banhistas na praia e ficaram olhando a Martinha chegar, levantar e sair... E eu ali filmando. "De onde surgiram essas loucas?", eles devem ter pensado...

Logo que começamos a volta, passei minha bandeira imaginária para o outro lado, fixando-a lá na pontinha da praia da qual tínhamos saído. Longe.

O Igor e o Luis, o pescador que nos conduzia, decidiram por um caminho diferente na volta, faríamos da Ilha para Caraguá direto, sem passar por São Sebastião, por alto mar. Havia uma corrente boa que nos adiantaria um pouco. A única desvantagem foi que as ondas estavam bem maiores e apanhamos um pouco do mar para voltar. Uma das coisas que mais senti foi o salgado do mar... Às vezes o gosto de sal era insuportável e torcia para a hora de colocar algo doce na boca. Foi o maior incômodo que realmente senti. O barco balançou muito na volta, o sol foi baixando e o cansaço chegando. As conversas animadas do começo foram dando lugar a um olhar fixo ao destino, a uma soneca, ao som do mar. Tudo isso, é claro, enquanto a Pri descansava, pois quando ela resolvia ficar "de pé", a risada era inevitável... Uma hora eu estava nadando e percebia todos no barco rindo... Mais tarde soube das piadas...

A volta foi bem mais rápida, a corrente realmente ajudou e chegamos ainda com sol... Confesso que isso me deixou bem feliz, pois por mais que eu saiba que teremos que nadar à noite, essa é a única coisa com a qual ainda não me sinto confortável.

A praia foi chegando, a minha bandeira imaginária se aproximando... Cada um deu seu pequeno depoimento do que tinha significado aquilo e para mim foi inevitável pensar que havia sido apenas metade ou menos do que teremos no Canal. Fizemos a travessia em 10 horas e 14 minutos, a própria Lu, que havia iniciado a travessia, foi quem levantou do mar na chegada. Para cada uma de nós aquele dia significou algo, para cada uma foi um aprendizado e uma maneira de entender um pouco melhor o que enfrentaremos no Canal... Acho que agora entendemos um pouquinho mais o quanto é grande nosso desafio, o quanto já fizemos para chegar aqui e, principalmente, o quanto ainda falta para podermos levantar nossa bandeira quando completarmos nossa travessia na Inglaterra...

Bjs, Giu!
fevereiro 18, 2011

TRABALHO X TREINO


Sempre fui dessas pessoas que adoram o esporte e treinam pelo prazer de fazer o que gostam. Além de ser praticante assídua, trabalho no varejo de artigos esportivos, o que normalmente é o sonho dourado da maior parte dos esportistas. Sempre ouço a mesma exclamação: "Puxa, que legal! Deve ser o máximo trabalhar com isso!!". As pessoas sempre aliam uma coisa à outra, pensam que se eu trabalho para o esporte, a prática fica privilegiada, mas não é bem assim!! Minha rotina de trabalho é resumida a números e análises, é um trabalho como todos os outros, que requer muita concentração e dedicação. O esporte ajuda a minha rotina de trabalho, tanto na disposição, quanto no conhecimento técnico de produtos, mas para por aí. Conciliar as duas coisas é um outro trabalho diário que requer dedicação extra e muita força de vontade.

Olhando por outro ponto de vista, os treinos ajudam muito no trabalho, no sentido de saber manter o foco, de colocar objetivos e limites. Ajudam a saber "periodizar" os picos de trabalho, a manter a exigência e a abraçar desafios. Enfim, acho que tudo se completa quando conseguimos ajustar as duas coisas.

Minha rotina de treinos sempre foi regrada, porém tranquila... quando me sentia mais cansada ou sem vontade, dava uma parada ou fazia menos. Quando tinha mais sono, acabava ficando na cama por mais uma hora, treinando uma hora a menos. Tudo isso teve um fim no dia que decidi que faria a Travessia do Canal da Mancha. Os volumes são grandes, a exigência maior ainda, pois além da resistência, é necessário nadar em um ritmo mais intenso. Enfim, costumo dizer que se um dia na vida eu achei que treinava muito, estava redondamente enganada!!!

Minha rotina diária se inicia 5 da manhã, acordo, tomo café, preparo toda a minha alimentação para o dia e vou para a academia. Sorte minha morar muito perto da academia e do trabalho, um grande privilégio para quem mora em São Paulo, pois não gasto meu tempo no trânsito. 5:50 estou na piscina começando a treinar. Os treinos variam muito em volume e intensidade, mas na fase atual eles estão entre 5 e 6 mil metros e duram cerca de duas horas. É o tempo exato para tomar um banho e ir trabalhar. Na parte da manhã normalmente não sinto o peso do treino, não me sinto cansada e rendo muito bem. A alimentação é um fator crucial para isso, se eu não como nas horas certas, tenho sonolência uma queda grande de produtividade.

Duas ou três vezes na semana preciso voltar à academia na hora do almoço para os treinos complementares de musculação e Pilates. O Pilates tem sido fundamental na preparação, ele dá uma base muscular, principalmente de abdomen e lombar, além de ajudar na soltura dos ombros. O almoço nestes dias é sempre na correria, mas não pode sair do esquema de alimentação, ou não tenho energia para voltar a trabalhar. Na parte da tarde já me sinto mais cansada, mas vou no embalo de trabalho até umas 19:30. Não consigo treinar à noite, essa é a hora de voltar para casa e relaxar, tentar dormir no máximo 22:30 ou senão o dia seguinte fica comprometido.

Essa rotina se segue diariamente, sem falhas... O que acho mais importante de tudo é o comprometimento, é levantar todos os dias sem preguiça, mesmo que não seja um dia que eu me sinta tão disposta. Isso acontece, mas a verdade é que a tal endorfina faz maravilhas e depois do treino a vida parece outra, o ânimo está a mil e me sinto pronta para mais um dia de trabalho.

Bem, trabalhar e treinar não é uma tarefa fácil... mas é fundamental conseguir conciliar as duas coisas e fazer com que o dia renda como se tivesse 48 horas. Acredito também que ter uma rotina ajude a organizar o dia, no meu caso, a manhã é sagrada e é o horário que ninguém vai me ligar ou me chamar em uma reunião em cima da hora, por isso foi o momento que escolhi para meus treinos e para mim. O dia que não começa desta forma, parece que não é um dia normal...

Bjs, Giu!
fevereiro 09, 2011

O combustível para nunca desistir

Os treinos estão aumentando de volume e a exigência está sendo cada vez maior. É difícil conciliar as atividades profissionais, pessoais aos treinos. Tem hora que bate aquele cansaço, fica difícil treinar. Nessas horas lembramos da equipe e de todos aqueles que estão ao nosso lado, nos apoiando, torcendo. Temos que fazer o melhor sempre, pois hoje somos exemplo para muitas pessoas. Muitas delas, que nem conhecemos pessoalmente, que podem estar longe, mas que de alguma maneira estão torcendo, se inspirando em nós. Obrigada a todos que torcem por nós. Com certeza pensaremos em cada um de vocês quando as dificuldades surgirem para cruzar o Canal.
Segue abaixo uma mensagem que recebemos por e-mail semana passada. Alessandro, tomamos a liberdade de postar a sua mensagem. Ficamos muito felizes e agradecidas com tanto carinho.
Meninas SuperPoderosas!Ao longo de nossas vidas, muitas coisas são passageiras. Emprego, namorado (a), esposa (o), projeto de vida (quem nunca mudou de rumo...). Podemos fazer nosso presente, transformar o futuro, mas ninguém apaga o passado. O mundo pode virar de cabeça pra baixo, mas nossas lembranças a nós, pertence.Vocês estão perto de realizar um feito grandioso, fruto dos sonhos, planejamento, capacidade e extrema dedicação.Acompanho sempre a caminhada de vocês. O sucesso pertence a quem merece.Eu as vi na 14 Bis desse ano (participei das 3 últimas edições), fiquei inclusive hospedado no mesmo hotel da Luciana, como sou tímido, não tive muita coragem para me aproximar e pedir um autógrafo (lógico que iria me vangloriar quando vcs estivessem passando na Globo...) mas a distância torço para que chegue logo o grande dia, para que a angustia da espera dê lugar a euforia da vitória. Eu estou me preparando para tentar a Travessia do Estreito de Gibraltar (é o meu Canal da Mancha), vcs são fonte de inspiração, exemplo de perseverança. Às vezes me ponho a pensar, depois de realizar um feito desse porte, onde buscar motivação para feitos menores? A Marta Izo nos responde, depois de vencer o Canal em prova solo, renovou a motivação, e prova que o final de uma "batalha" muitas vezes pode ser o inicio de outra, que nossa vida é feita de ciclos, é uma constante renovação.No que depender da minha torcida, vcs dão a volta ao mundo nadando. O sonho alimenta a alma!Alessandro Massaini
Resposta da equipe, por Giu:

Oi Alessandro!!

Uma das grandes recompensas desse projeto é receber mensagens como a sua, de apoio e admiração!! Para nós é algo que nos motiva a ir em frente para atingir nosso objetivo, pois sabemos que tem muita gente torcendo e não podemos decepcionar essa galera!!
Vai ser um grande prazer para nós te conhecer pessoalmente, então: fora timidez!! e seja bem vindo na nossa barraca sempre que quiser!! Vai ser legal bater um papo sobre o seu desafio, pois Gibraltar também é um dos grandes!!
E sobre o que motivar para desafios "menores"... me coloco a pensar no que seria exatamente "menor"... O Canal é um grande sonho, mas sinceramente cada pequena conquista do nosso dia a dia deve ser contada como um grande desafio, pois é muito legal ter grandes conquistas, mas são as pequenas que nos fazem chegar lá, são elas que definem quem somos e o que queremos fazer da nossa vida. Para mim, o Canal é sim um desafio grande, mas desafio maior é enfrentar o dia a dia de treino, trabalho, dedicação e força de vontade... isso é a grande lição que tiro dessa aventura, pois sei que eu já serei alguém diferente mesmo antes de atravessar o Canal!!! Os que vêm depois, pequenos ou grandes, serão feitos com a mesma dedicação e vontade!!
Nos vemos nas travessias!!
Um forte abraço e continue firme nas braçadas em busca do seu sonho!!
fevereiro 08, 2011
Todos me perguntam como estou me sentindo em voltar ao Canal, o que está sendo diferente, se vai ser mais fácil ou mais difícil.
Vai ser quase tudo diferente!!!
Da primeira vez fui sozinha com o Igor, não tive patrocinador (se não fossem os amigos e principalmente minha família não teria conseguido), fiz da Inglaterra para a França e o mes foi agosto.
A experiencia foi maravilhosa e impagável!!! No meu próximo blog contarei com mais detalhes.
Desta vez estou indo com 3 amigas (grandes nadadoras!!!), o Igor e o Agnaldo (os dois técnicos), com uma grande empresa, a Laticínios Balkis, patrocinando, faremos ida e volta (Inglaterra-França-Inglaterra) e nadaremos no mes de junho.
As dificuldades serão algumas as mesmas e outras novas.
A água fria (ou melhor, gelada!!!), as condições climáticas e as grandes navegações já são esperados, pois o Canal é conhecido principalmente por causa destes fatores, mas nadar 1 hora e ficar 3 horas no barco, fazer revezamento, 2 técnicos, e outras coisas mais, isso tudo é novidade!!!
Vai ser bem emocionante!!! E faltam apenas 5 meses!!!
Me emociono só de pensar!!!
Depois conto como foi e experiencia!!!
Obrigada pela torcida!!!
Beijos e uma ótima semana à todos!!!
Martinha
fevereiro 02, 2011

Cabeça o ponto crucial


Hoje quando cheguei na piscina para treinar o Agnaldo perguntou: Como você está, tudo bem? Minha resposta : Cansada, muito.

Fiz uma dobra que deu 9km ontem com direito a Vo2 e hoje nadei 7km e de quebra um R.A. Há uma acumulo de volume e o corpo já percebe isto.

Sábado passado fiz a primeira travessia do ano na Billings e confesso que não foi nada fácil.

Quando treinamos para 14 Bis, o volume aumenta bem, mais nada se compara ao que estou treinando.

As pessoas sempre perguntam como nadar 24, 42 ou 80km sem parar, e sempre digo: 25% da prova é natação o restante é a cabeça.

O La Manche não será diferente, acredito que a cabeça é o ponto crucial . Ela que faz eu vencer o cansaço dia a pós dia e fará vencer as águas gélidas do Canal.

O corpo pede calma, diz chega. Mas quem comanda é a cabeça e a minha está fixa em um único objetivo.

Entre os dias 24/06/11 a 04/07/11 eu, Giu, Martinha e Lu iremos vencer o La Manche.


Pri

AS ATLETAS

Estas são as quatro atletas do projeto

GIULIANA P V BRAGA

GIULIANA P V BRAGA
Atleta de 37 anos, executiva do varejo esportivo, começou há três anos nas maratonas aquáticas. Entre suas conquistas se destacam: Campeã por categoria da Travessia 14 Bis Santos-Bertioga (25 km) em 2009, Terceiro Lugar por categoria da Travessia 14 Bis Santos-Bertioga (25 km) em 2008, Campeã por categoria em 2 das 3 etapas da Tríade Aquática Speedo em 2009, além de ser Top 3 nas provas que participou do Campeonato Paulista de Maratonas Aquáticas entre 2008 e 2010.

PRISCILA C SANTOS

PRISCILA C SANTOS
Atleta de 30 anos, advogada, tem experiência internacional em maratonas aquáticas e vários títulos na bagagem: foi Campeã do Hawaiian International Open Water Swimming Championship 2000 (3 e 5 km), Hexa-Campeã por categoria da Travessia 14 Bis Santos-Bertioga (25 km), Hexa-Campeã Paulista de Maratonas por Categoria, Campeã da Travessia Renata Agondi por categoria (10 km) e 6º Lugar na Travessia Internacional Ilha bela-Caraguatatuba (25 km).

LUCIANA AKISSUE

LUCIANA AKISSUE
Atleta de 33 anos, empresária do segmento de suplementos alimentares, participa desde 2002 de provas de piscinas e maratonas aquáticas. Dentre os principais títulos, estão: 3º Lugar por Categoria Travessia dos Fortes 2010 (3,5 km), 1º Lugar por Categoria Travessia 14 Bis Santos-Bertioga 2009 (25 km), 1º Lugar por Categoria Travessia 14 Bis Santos-Bertioga 2008, 1º Lugar por Categoria Travessia dos Fortes 2009, Campeã Paulista de Maratona Aquática por Categoria 2008.

MARTA MITSUI IZO

MARTA MITSUI IZO
Atleta de 40 anos, treinadora de Natação e Personal Trainer, foi a 5ª mulher brasileira a atravessar o Canal da Mancha em agosto de 2006. Entre vários títulos de travessias, foi quatro vezes vice-campeã por categoria da Travessia 14Bis, que vai de Santos a Bertioga (25 km) e está sempre entre as Top 3 das provas do Campeonato Paulista de Maratonas Aquáticas.