março 20, 2011
UMA QUESTÃO DE REFERÊNCIA
Quantas coisas na vida passamos muito tempo achando que aquilo é o máximo que alcançaremos e aí um novo evento acontece e percebemos que o máximo está um pouco além do que imaginávamos?
Nossos referenciais estão mesmo em constante mudança.
Quantas vezes nos pegamos pensando: “ah, queria voltar pra escola, quando a minha maior preocupação era tirar nota boa”... e é verdade! Lá atrás achávamos que tirar A ou B era a grande responsabilidade da vida, depois de um tempo simplesmente passar de ano era a grande responsabilidade, depois passar no vestibular... Já na faculdade, não ficar de exame era o alvo, se formar o desafio, arrumar emprego era o auge do stress e então hoje... bem, hoje nos vemos às voltas com grandes situações e decisões do nosso cotidiano de trabalho que, provavelmente, ocupam o número 1 no ranking de maior preocupação do mundo no quesito estudo/profissão.
Outra referência que muda na vida é o AMOR!! Fui apaixonada por um garoto da minha rua... era o primeiro e grande amor da minha vida, por quem várias vezes morri de chorar, sofri loucamente achando que nunca teria amor igual... amores maiores e menores vieram e se foram, alegrias infinitas, decepções “tsunâmicas”... tantas vezes que repetimos a frase: “esse é o maior amor da minha vida”... às vezes o amor durava, às vezes acabava e o “maior da minha vida” era substituído por um maior ainda. E quem é que sabe se o que temos hoje é o maior da nossa vida?? Ninguém, essa é a verdade!!
Outro dia me peguei pensando nessa questão de referência durante um treino. Conheço tantas pessoas que estão começando suas aventuras na natação, que nadam 2.000m por dia, que, com razão, se orgulham de contar sempre suas marcas sendo batidas... eu também sempre fui assim e hoje amo ver meus amigos felizes com suas novas marcas!! Meus treinos nunca passaram muito disso até o dia que resolvi levar um pouco mais a sério. Nesse ponto passei a treinar em uma equipe Master e quando o técnico vinha com treinos de 3.000 a gente já olhava com aquele olhar de “tá maluco?”!! Quando passei a fazer o 14 Bis (prova de 24km em Santos), os treinos tiveram que aumentar e ver um treino de 5.000 passou a ser mais frequente, mas somente naquela época específica do ano de preparação para a prova. Hoje o desafio mudou e junto com ele, todas as minhas referências.
Há duas semanas eu estava em um treino de 10.000m nadando sozinha em uma piscina longa, embaixo de chuva, no frio, tentando me convencer do quanto aquilo estava divertido, fazendo uma série de 20 x 200m. Não me lembro de ter me convencido da diversão, mas quando acabei a série, abri um sorriso pra mim mesma e pensei: “que bom, só falta a última série!! 9 x 400!!”... saí para a série a foi inevitável uma risada em baixo dágua com o pensamento que o “só” significava 3.600m para nadar... o que antes para mim significou o “tá maluco?”, havia se tornando a alegria de fim de treino, e muito mais do que eu sequer pensava em realizar em um treino quando comecei a nadar!!
Neste dia eu percebi que realmente tudo é uma questão de referência e que tudo aquilo que um dia imaginamos impossível, dali há pouco pode se tornar real! Na vida, basta querer ir mais além, colocar sempre objetivos mais audaciosos e ter a força de vontade necessária para poder crescer... o resultado sempre será uma nova referência, que durará o exato instante de alcançarmos uma maior!!
Bjs, Giu!!
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AS ATLETAS
Estas são as quatro atletas do projeto
2 comentários:
Muitas vezes o que nos limita é a falta de vontade, de objetivo, ausência do sonho e a inércia da vaidade.A referência é um guia, uma luz em meio a escuridão. No esporte, no trabalho e nos relacionamentos a referência é uma das ferramentas do nosso sucesso.
Vocês estão no caminho certo, se cercaram de pessoas competentes,positivas e principalmente comprometidas com o projeto audacioso, grandioso e que (por que não)é uma referência para os amantes dos desafios esportivos.
Deve estar sendo difícil segurar a ansiedade?! O melhor remédio é sentar o braço e treinar, treinar e treinar!
Grande Giu...como sempre expressou muito bem o que realmente acontece na vida de uma nadadora, seja iniciante ou já atleta competitiva.
Me lembro quando eu nadava 2000m por aula 3 x por semana, isto até o final do ano de 2009.Em 2010 tracei um objetivo, que era só PARTICIPAR de travessias aquáticas.Participar que nada, hoje sou COMPETITIVA. Sempre dou o máximo de mim. A base a que me apegava anteriormente se foi. Vocês são meu ponto de referência, em determinação, força de vontade e busca de objetivos.